Oposição presta solidariedade a Jordy e cobra posição oficial de Lira e Pacheco
Cerca de 30 parlamentares estiveram em Brasília em pleno recesso do Legislativo para protestar contra abuso de autoridade praticado pelo STF
Um grupo de aproximadamente 30 parlamentares de oposição, entre deputados e senadores, compareceu a Brasília nesta quarta-feira (24), para prestar solidariedade ao líder da oposição, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na última semana, em mais um desdobramento da Operação Lesa-Pátria. A grande mobilização acontece em meio ao recesso do Legislativo e demonstra a gravidade com que o grupo político está tratando o caso, considerado mais um ato de abuso de autoridade praticado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A oposição decidiu se antecipar ao retorno dos trabalhos legislativos para cobrar uma posição institucional dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Presente ao ato político, o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) entende que o Brasil vive um momento extremante delicado. “Estamos assistindo ao ataque a um dos pilares de nossa Constituição, que é a harmonia e a independência entre os poderes. A oposição está sendo caçada em praça pública, num processo completamente ilegal e autoritário. O Congresso precisa reagir antes que seja tarde”, alertou Zucco.
Já o deputado Carlos Jordy ressaltou que a mobilização não representa um desagravo individual a um político, mas o repúdio a uma sucessão de arbitrariedades que vêm sendo cometidas pelo Judiciário. Ele citou os casos de outros políticos como Daniel Silveira, Deltan Dallagnol, Carla Zambeli e Marcos do Val, para reforçar as ilegalidades que estão sendo cometidas. “São diversos os casos que demonstram que estamos vivendo um momento em que, um poder que deveria ser o guardião da Constituição vem agindo ao arrepio da lei e violando as prerrogativas parlamentares. Sem a devida separação dos poderes não há democracia”, ponderou.
Ficou acordado que Jordy seguirá na liderança da oposição como forma de reforçar o movimento político em defesa da independência do Parlamento. Estava previsto que Filipe Barros (PL-PR) assumisse a vaga de Jordy no rodízio anual que é feito nestes cargos de representação.